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Esmeralda de Muzo

Nem todas as pedras preciosas terminam a sua viagem numa jóia. Em raras circunstâncias, certos minerais ocorrem na natureza com formas cristalográficas bem definidas, ditas euédricas, sendo procurados e apreciados por coleccionadores em todo o Mundo. Mesmo que ocorram com boa cor, pureza e dimensão aptos para lapidar, o seu destino é, quase sempre, o mercado de minerais de que a Feira Internacional de Minerais Gemas e Fósseis, que o Museu da Politécnica da Universidade de Lisboa promove há mais de 20 anos é o melhor exemplo nacional.


Quando os minerais juntam a sua forma externa bem definida com faces bem desenvolvidas a outras características de qualidade, como boa cor e elevada pureza ou transparência, e se estiverem inseridos ou na rocha mãe ou em conjunto com outros minerais (em paragénenes), tornam-se exemplares de grande procura. Neste mercado, a proveniência geográfica dos minerais é muito importante para os coleccionadores, situação que é de valor apenas com certas gemas no mercado de joalharia.


Na imagem um estupendo cristal terminado de esmeralda da mina de Cincho (Muzo) na região de Boyacá na Colômbia. O cristal tem 5 cm de comprimento, boa cor e fenomenal transparência e está inserido na matriz filoniana e ainda se observa a rocha carbonatada negra encaixante.

Foto © DI (FH) Rudolf Watzl

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