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Topázio ou Citrino?



É recorrente chamar-se topázio às pedras amarelas, hábito que, por exemplo, já se registava no séc. XVIII ao apelidar-se a safira amarela de topázio oriental. A origem da palavra topázio é anterior à definição do mineral com o mesmo nome, tal como hoje o conhecemos, sendo algo complexa a sua história. Acontece que o topázio se tornou conhecido pelas suas variedades amarelas e laranjas em especial a partir do segundo quartel do séc. XVIII quando se descobriram os ainda ricos jazigos da região de Ouro Preto em Minas Gerais, Brasil, sendo a joalharia portuguesa da época muito rica na sua utilização.
Acontece, porém, que apesar do topázio ser uma gema com características próprias, ainda hoje subsiste a designação de outras pedras amarelas erradamente com o seu nome, designadamente o quartzo, em especial nas variedades castanhas (quartzo fumado) e amarelas (quartzo citrino). Para estas últimas, nomes como “topázio brasileiro”, “topázio madeira”, “topázio Rio-Grande” ou simplesmente “topázio”, são ainda comuns para designar o citrino, gema de valor mais modesto e de muito maior circulação.
Os quartzos amarelos de cor natural até são pouco comuns na natureza, havendo alguns bons exemplos ainda em existência em Museus nacionais. A sua grande popularidade começou na primeira metade do séc. XX quando se começou a aquecer (tratamento térmico) grandes quantidades de ametistas da América do Sul (Uruguai, mas principalmente Brasil) para gerar a cor amarela, sendo o seu custo reduzido, quando comparado com os topázios. Actualmente, também já se obtém esta cor por irradiação de cristal-de-rocha.
Na imagem, uma parelha de citrinos excelentemente lapidados talhe triangular de lados curvos, pedras cuja tradição, a erradicar, tende a designar de topázios.

© AGTA

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